A RELEVANCIA DO SERIGRAFO Texto escrito por Prof. Júlio Resende quando da exposição “RESENDE E A SERIGRAFIA” em Nov./2002.Como será óbio depreender,o processo serigráfico,reporta-se à produção de múltiplos da obra de arte,e não à estampagem industrial.Conforme as intenções do autor e técnicas disponíveis,tais como:gravura em metal,madeira,pedra litográfica,linóleo,etc.,é ele o autor,que concebe e trabalha a matriz(o original).Já para a produção de seus múltiplos através da serigrafia,exceptuando alguns casos,os artistas recorrem a técnicos especializados e de sua confiança.
Esta cooperação,à imagem daquela que em todos os tempos colocou o autor na dependência do “construtor”,poderia e deveria ser,digna de um estudo.Desde a edificação das pirâmedes do Egipto,até às pranchas de múltiplos das gravuras de Picasso,um entendimento se processou, de forma determinante. O reconhecimento de tal participação é motivo que, penso,vir a justificar a presente mostra, e de certo modo,render homenagem ao casal Mary e Osório,com o qual trabalho vai para 23 anos,e continua sendo a dilecta dupla.Esse longo contacto permitiu-me apreciar essa espécia de “conivência”,misteriosa e íntima que foi acontecendo perante circunstâncias diferenciadas pelas técnicas (lápis,pastel,guacho,aguarela,colagem,etc.) e inclusivamente,a natureza do papel.
Se disser que Mary e Osório operam como artistas,os mais diversificados,também se entende o grau de capacidade de intuir tudo o que existe,para além dos conhecimentos técnicos que capacitam a expressividade desses artistas,e em tal sentido,os valorizam. Até ao presente,tais profissionais tem-se quedado nos bastidores.Regozija-se o Lugar do Desenho com a exposição que vem finalmente exaltar o profissionalismo de quem tanto tem contribuído para a divulgação da arte.
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Serigrafia é Arte
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